Artigo:Roubo a bancos no país. Que medidas de segurança devemos tomar?
Diante do atual quadro de insegurança que afetam tanto as pessoas quanto as empresas no Brasil, os marginais estão cada vez mais criativos. Levando-se em conta a relação custo e benefício, do ponto de vista do ofensor, o roubo a banco constitui uma das ações mais rentáveis. Apesar dos aparatos de segurança, as medidas parecem insuficientes diante do número de roubo a bancos nas principais cidades brasileiras e também no interior. Diante deste contexto, novas medidas devem ser pensadas tanto no que diz respeito às instituições financeiras quanto pelas autoridades policiais.
Por conta dos números oficiais de roubos a bancos em 2010 no Estado de São Paulo, os bancários, vigilantes e clientes sentem-se inseguros. De acordo com dados da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo, foram registradas 240 ocorrências no ano de 2010.
O grande número de roubo a bancos, tanto em São Paulo quanto nas principais cidades brasileiras, reforçam a necessidade de medidas preventivas, tanto pelo governo, que é responsável pela segurança pública, como pelas instituições financeiras, que devem garantir a segurança dentro dos seus estabelecimentos, para salvaguardar o seu patrimônio e, sobretudo, proporcionar maior segurança e conforto para os seus clientes.
A Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN) informou que anualmente R$ 9,4 bilhões são gastos pelas instituições financeiras em sistemas de segurança, com o objetivo de garantir a integridade de seus clientes e colaboradores.
Para a FEBRABAN, algumas medidas de segurança são ineficazes. As diversas leis aprovadas ou em tramitação em vários municípios não possuem estudos ou embasamentos técnicos que comprovem sua eficácia. O uso de biombos, por exemplo, é questionável. Eles tendem a criar pontos cegos em que possam ocorrer ou ter início ações indesejáveis, às quais o vigilante não terá acesso, a menos que tenha de se deslocar de sua posição, que é determinada por um plano de segurança submetido e aprovado pela Policia Federal. Os biombos, portanto, aumentam a insegurança dentro da agência por dificultar a vigilância.
A proibição do uso de celulares, comum em vários municípios brasileiros, por sua vez, por restringir direitos, causará transtornos às pessoas que estiverem no recinto das agências bancárias. A FEBRABAN ressalta que os bancos não têm poder de polícia para proibir o uso dos celulares nas agências. Em Salvador, por exemplo, onde esta lei já está em vigor, é comum notar pessoas utilizando o celular no interior das agências.
Na maioria das vezes, os assaltos ocorrem no lado de fora da agência – “saidinha bancária”. Muitas vezes em locais distantes das agências bancárias, e frequentemente com a utilização de motocicletas, sendo necessária uma ação ostensiva de policiamento dos órgãos competentes.
Há situações em que a ocorrência acontece na chegada ao banco. A vítima é seguida e assaltada antes de entrar no banco. O assalto pode acontecer com qualquer um, pois o olheiro está dentro e fora da agência. Um problema que envolve a segurança pública e as instituições financeiras.
Para o combate ao enfrentamento dos roubos a bancos, é importante que os bancos brasileiros busquem uma atuação em parceria com o Governo (Polícia Civil, Militar e Federal) e com o Poder Judiciário, para combater os crimes e propor novas medidas de segurança.
Evidentemente que, resolver o problema de roubo de banco não é simples, entretanto, é preciso que haja mais investimentos em segurança para mitigar/eliminar os riscos, prevenir ataques das quadrilhas e dar maior tranquilidade às pessoas que não se sentem seguranças nos bancos.
Fonte: site DE-SEGURANÇA.COM.BR