Frente Parlamentar da Segurança Pública e Privada é lançada na Alesc
O presidente do Sindicato das Empresas de Segurança Privada do Estado de Santa Catarina (Sindesp-SC), Dilmo Wanderley Berger, integrou a mesa de autoridades no evento de lançamento da Frente Parlamentar de Segurança Pública e Privada, no Plenarinho da Assembleia Legislativa, nesta quarta-feira (10). A Frente tem como objetivo planejar, direcionar e integrar ações das instituições de segurança pública e privada no estado e, por consequência, reduzir os índices de violência.
Em seu discurso, o presidente do Sindesp-SC destacou que o setor de segurança privada no estado atua com 22 mil profissionais e que a Frente Parlamentar vai possibilitar o trabalho conjunto dos órgãos de segurança pública e privada, e no planejamento de ações integradas. "A população conta com pessoas treinadas e qualificadas que trabalham de forma preventiva e que podem colaborar com o sistema de segurança pública, com reconhecimento facial e intelência eletrônica". Berger também citou a lei n. 7.102 de 1983 que regulamenta o armamento de vigilantes e que, segundo ele, está defasada. É necessário criar novas leis para reduzir a discrepância entre o poder de fogo pesado dos assaltantes e o dos vigilantes e aumentar as chances de defesa desses profissionais". O presidente solicitou apoio da Frente para fortalecer a luta pela votação de uma nova legislação do Estatuto da Segurança Privada, que foi elaborada há dez anos e há dois espera por votação no Senado.
Prestigiaram o lançamento o presidente do Sindicato das Empresas de Asseio, Conservação e Serviços Terceirizados de SC (SEAC-SC), Avelino Lombardi, o diretor-executivo dos sindicatos, Adm. Evandro Fortunato Linhares, o secretário de Estado da Segurança Pública, coronel Araújo Gomes, o comandante geral do Corpo de Bombeiros Militar, Edupércio Pratts, o diretor-geral do IGP (Instituto Geral de Perícias), Giovani Eduardo Adriano, a delegada regional de Joinville, Tânia Harada, entre outras lideranças.
O presidente do Seac-SC, Avelino Lombardi, solicitou continuidade das ações da Frente. "Que seja criado um cronograma, um planeamento de trabalho para que possibilite melhorarias efetivas. Que essa iniciativa possa dar prioridades às ações.
O coordenador da frente, deputado Sargento Lima (PSL), salientou que será um trabalho conjunto onde a segurança privada tende a descarregar a segurança pública. "Será criada uma barreira para definir quando termina o trabalho de uma e inicia o da outra. A Frente é voltada para a proteção e norteamento das instituições. Segundo o sargento, as situações mais recorrentes e que chamam a atenção quanto ao uso incorreto da segurança pública em eventos como shows e partidas de futebol. Na avaliação dele, esses eventos devem contar com a segurança privada, já que o papel da Polícia Militar é dar segurança externa, a menos que ocorra algo que ponha em risco a integridade das pessoas. "Assim como em festas populares privadas como a Oktoberfest, a Sommerfest, possuem segurança privada por visarem lucro. O intuito é descarregar o estado de obrigações que não são atribuídas a ele", finalizou.
O secretário coronel Araújo Gomes falou da importância da frente para a união das forças e o trabalho ostensivo da segurança privada. "Não podemos deixar de falar do trabalho exitoso e silencioso do setor privado, que vai desde o senhor que cuida de um prédio antigo até os seguranças de carro-forte. As forças precisam se unir para a proteção da população", enaltece.
Participam também da frente parlamentar os deputados Mauricio Eskudlark (PR), Marlene Fengler (PSD), Felipe Estevão (PSL), Jessé Lopes (PSL), Ricardo Alba (PSL), Fernando Krelling (MDB), Marcius Machado (PR), Ana Campagnolo (PSL), Jerry Comper (MDB), Coronel Mocellin (PSL), Fabiano da Luz (PT) e Laércio Schuster (PSB).